quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

A entrevista

Fui a uma entrevista de trabalho numa agência de recrutamento. Não havia nenhuma oferta de trabalho na mesa, apenas queriam conhecer-me e avaliar se poderiam chamar-me para futuros empregos. Portanto, lá fui eu, com aquela insegurança típica de quem já não está no mercado de trabalho há quatro anos. 

O resultado foi muito positivo, não só porque afinal o meu currículo até é interessante, mas principalmente porque fiquei a saber quais os pontos que devo melhorar. Em palavras da recrutadora o meu "calcanhar de Aquiles, são as línguas". "Como assim?!", pensei. Afinal de contas eu falo fluentemente inglês, percebo francês e tenho umas bases de alemão!! 

A grande novidade destes últimos quatro anos, fora do mercado de trabalho, é que não basta ter conhecimentos médios de qualquer língua estrangeira, é preciso saber escrever, falar e compreender como um nativo. E não só! Para conseguir suplantar inúmeros outros candidatos devo saber outra língua com igual desenvoltura. Fiquei perplexa. Posso condescender que devo aprender outra língua, o que eu desconhecia é que a exigência com o  inglês tinha aumentado tanto.

Portanto, lá vou eu fazer um pequeno curso de recauchutagem em inglês e vou aprender uma outra língua. 





quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Harlem Shake contagia campanha de Moita Flores

Pois é. Por esta nem eu esperava! 

Hoje, o "Sol" on-line, publicou como vídeo do dia, nada mais, nada menos, do que a versão do Harlem Shake com os membros da campanha às autárquicas do Moita Flores. Pelos vistos, a façanha era inédita no mundo da política (#guiness??). 




Depois deste encorajamento tão saudável, lanço um repto: e que tal irmos todos dançar o Harlem Shake, dia 2 de Março, sábado, pelas ruas de Lisboa? Vamos todos mascarados de manifestantes, com cartazes e a dançar obscenamente para a Troika, Governo e classe política? 



terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

The Harlem Shake, con los terroristas.

Hoje foi-me apresentado o fenómeno "The Harlem Shake", que mais não é do que uma misturada de géneros musicais electrónicos, de autoria do DJ Harry Rodrigues (desconheço se é de origem portuguesa). A letra da música consiste na repetição da frase "Con los terroristas" (!?!?).

O vídeo original é este e a música foi lançada no itunes, tendo-se tornado viral em pouco tempo. Como o pessoal é imaginativo, começaram a ser descarregados no youtube um manancial de vídeos com as versões caseiras de cada um. 

Os vídeos consistem basicamente  em dezenas de pessoas, num espaço confinado, sendo que apenas uma delas está a dançar, com a particularidade de ter sempre a cabeça tapada com capacetes, cabeças de cavalo, máscara do homem aranha... enfim... o céu é o limite. 

Enquanto esse tipo se abana freneticamente ao som da música, todos os restantes estão a "assobiar p'ró lado", que é como quem diz, a fazer de conta que nem dão conta daquele palhaço que se sacode freneticamente. Vai daí, a música entra num crescendo (como se fosse explodir qualquer coisa) e quando damos conta, está toda a gente a saracotear-se de forma muito sexual. 

Tem para todos os gostos: bombeiros, o homem-aranha, uma gaja com uma chaleira na mão, um gajo embrulhado em serapilheira, nerds em reunião, um tipo com um fato cor-de-rosa e capacete, o Capitão América, um gordo com um andarilho, mas o que eu mais gosto é de um funcionário público com um pacote de pipocas vazio na cabeça.


Olhó gajo de capacete!!
Funcionário público a pipocar


O irónico disto tudo, é que quem me deu a conhecer esta moda do "The Harlem Shake", foi um gajo que eu, secretamente, apelido de o "cabeça-de-porco" (bem dentro da temática, hein?!). 

Posto isto, a minha sugestão é: e que tal um "the harlem shake" nas galerias da Assembleia da República??!! Já estou a imaginar um gajo a dançar, tendo na cabeça uma máscara de gigantone, enquanto todos os presentes fingem ouvir os discursos. Eis que de repente dá a doida em todos e a Assembleia transforma-se numa gaiola de loucas a dançar desenfreadamente. Fica a sugestão.


COM A APROVAÇÃO DA TIA NELA




segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Oscar 2013: entre metalizados e caudas.

A passadeira vermelha "oscariana" foi morna este ano. Sem contar que red carpet sem Angelina Jolie, Cate Blanchett e Julia Roberts é como um jardim sem flores. A única emoção digna de nota foi mesmo Helen Hunt num vestido H&M, desmonstrando um claro apoio à linha ecológica da marca. Gostei! 


Metalizados



Vestidos metalizados perfeitos! Achei a Naomi Watts deslumbrante neste Armanizinho Privé. Mal botei o olho nela fiquei siderada! Sensual, chique, deusa. Halle Berry inicialmente não me convenceu. Por vezes estas poses não dão para ter uma percepção exacta sobre o caimento do vestido e este Versace é daqueles que ganha vida em movimento. Achei lindo, original, muito sintonizado com a tendência preto/branco e faz jus ao corpo fabuloso dela. Só um "pormaior": Naomi e Halle são quarentonas, o que me dá esperanças de um futuro radioso. Stacy Kleber também estava fabulosa.


Caudas




Nos comentários dispersos um pouco por todo o lado, li verdadeiras declarações de amor  à Charlize Theron, mas, a verdade, é que não achei o vestido nada de muito especial. Aquilo que acontece é que a Charlize é uma daquelas mulheres que até de pijama e chinelos, ficaria lindíssima. Vai daí, foi a beleza dela que tornou este Dior mais bonito do que na realidade é. Quem pode, pode. E a Charlize pode! 
Por esse motivo é que destaco a Olivia Munn, neste Marchesa. Ela é ligeiramente baixa para o vestido, mas isso não invalida o facto de ser uma bela peça de alta costura, num estilo algo barroco.
E por último, a Sally Field, neste Valentino. Quando se tem 66 anos e se é nomeada para um oscar, as expectativas de voltar a viver a mesma situação são reduzidas. Vai daí, adorei que a Sally tivesse colocado a "carne toda no assador", que viesse a arrastar esta cauda fabulosa, que viesse de vermelho e que não tenha tido medo de ousar! (#estalada nas vintonas)





domingo, 24 de fevereiro de 2013

Imagens de marca

Ficará para a posterioridade o momento constrangedor em que, com um sorriso nos lábios, Relvas, tremelica "a terra da fraternidade". Momentos destes agarram-se à pessoa como uma doença de pele que jamais sarará. É uma espécie de psoríase. E o pior é que não há lama do Mar Morto que a cure.
Já lá vão uns bons anos e aposto que Cavaco Silva ainda é atormentado pelo fatídico momento em que tritura uma fatia de bolo-rei e Guterres ainda deve ter pesadelos com o "é fazer as contas".
Quando às 8 horas da manhã fui acordada pelo noticiário da TSF e ouvi a vozinha trémula de Miguel Relvas a incentivar os presentes com um "podemos cantar todos", senti nascer em mim um sentimento de vergonha alheia. E pronto! Soube de imediato que Relvas havia assinado o obituário da sua imagem que, diga-se, já estava beeeem moribunda.


 Terra da fraternidaaade...





sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

A "galinha" de 20 anos da TVI

A TVI lá comemorou a sua gala de 20 anos. O ponto alto (?!?!) da noite foi a passadeira vermelha, com direito a meia dúzia de sopeiras encavalitadas nas barreiras de segurança, a bater palmas. A dado momento tive a sensação intrigante que as palmas tinham sido gravadas para proporcionar ao telespectador o ambiente 3D de histeria hollywoodesca.
Não resisto a destacar alguns dos modelitos.
Os coloridos


Ora então, a Lurdes Baeta de corte clássico e elegante. É bonito, mas sem grandes euforias. O vestido da Marisa Cruz lembra-me um Tom Ford, branco, usado pela Gwyneth Paltrow nos óscares. Gostei. O penteado irrita-me um pouco, em certos ângulos parece um capachinho. A Rita Pereira está a ser usada por um vestido azul, de renda. Parece-me pesadona e julgo que devem ter ido todas aos mesmo cabeleireiro, uma vez que várias "celebs" ostentam o cabelo de lado, muito diva dos anos 40-50.



Agora não dá como não notar! Este vestido da Serrano é uma cópia descarada de um Elie Saab. Apesar de tudo, achei deslumbrante, mas o João Rôlo devia ter cuidado com os seus "originais". A Leonor Poeiras estava fofinha. O vestido, segundo ela, é criação própria. Até que gostei, mas o corpete é um pouco pequeno e criou a ilusão de um peito a nascer no umbigo. Quanto à Mariana Monteiro (com o viscoso incluído) só gosto da cintura para cima. Da cintura para baixo dá ideia que se enrolou num pedaço de cetim verde.
Ah! E foram todas ao mesmo cabeleireiro. Quanta originalidade neste apanhado de diva. (Not!)
As ladies in red
Iva Domingues a oscilar entre o pin-up e a Jessica Rabbit. Helena Costa e Paula Lobo Antunes sem grandes emoções. A Sara Matos estava estilosa. Isabel Medina de peito em modo panqueca americana.
As mulheres de branco

Andreia Teles foi quanto a mim uma das melhores da noite. Achei sensual e chique. Diana Monteiro e Manuela Moura Guedes, estavam ok, mas não achei especial graça ao penteado da MMG.... Franjinha irritante.
As pérolas

Fátima Lopes muito musa e atrevo-me a achar que também foi das mais bem vestidas. A Laura Galvão simples e bonita. Não gosto particularmente do corte de vestido da Sara Barradas. Se me abstrair do "pequeno" pormenor da "janela gótica", talvez goste.

As bejes


A Alda Gomes que se esqueceu de um pedaço de reposteiro no ombro. A Olívia Ortiz com outro dos meus preferidos da noite. Marta Fernandes e o vestido limpa-carpete-vermelha. Ficou atarracada.

Woman in black


Maria João Bastos e "decidi ir vestida com sacos de lixo pretos". Que pena. É bonita e tem um corpo fabuloso e foi-me escolher um vestido que só parece bonito visto de frente. Nesta foto em particular, podemos ver os rolos de papel higiénico preto, enrolados. Contudo, gosto dos sapatos. A Sylvie Dias está com um vestido que deve ser de veludo. Gostei da cintura definida, caso contrário, acho que poderia assemelhar-se tenebrosamente ao Senhor dos Passos. Alexandra Lencastre estava glamourosa.



 E a coisa começa a piorar...




Gabriela Barros vinda directamente da Guatemala. Sofia Grillo furtou o vestido da avó. Susana Arrais mumificada, na versão "sinto frio em todo o corpo menos nos ombros e colo". Marina Mota... sem comentários. Pelo que soube de fontes anónimas, a simpática Rita Salema esteve retida numa sessão de catequese até tarde e não teve tempo de mudar de roupa.


Os machos em duplicado


Edmundo em modo "welcome to the pleasuredome" e Vítor na versão "deram-me um murro na cabeça e enterrei o pescoço". Júlio Magalhães e José Carlos Castro, regressados de um jantar de negócios com Dom Corleone. Ricardo de Sá visivelmente satisfeito com a condecoração da Cruz Grão-Mestre. E Paulo Vintém em modo cool.

Os machos solitários


Até simpatizo com o Goucha, mas com este blazer parece que no fim da festa da TVI irá andar a servir croquetes no beberete de comemoração. Pá.... não sabia que o Elton John ia prestigiar a noite da TVI!! José Carlos Pereira, de beiço descaído, igual a si próprio. E com grande emoção revelo que, segundo fontes anónimas, o João Mota irá ser nomeado na próxima gala de globos de ouro da SIC para o prémio "Besuntei a cabeça de visco e não dei por isso". Para fechar com chave de ouro, o charmoso Paulo Pires.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

2 blazers 1 entrevista

Estou desempregada há praticamente quatro meses. Depois de uns quantos currículos enviados sem grande convicção, eis que me telefonam a marcar uma entrevista de trabalho. Não quero parecer mal agradecida, mas o meu entusiasmo é zero ou próximo disso pelo menos. Eu quero ser recrutada, quero causar boa impressão e quero definitivamente um emprego. O único problema é que o que eu queria mesmo, era o meu antigo emprego de volta!  
 
Dizem que o luto é um processo, mas apesar de já terem passados quatro meses, ainda dou por mim a relembrar a minha mesa de trabalho, os meus lápis e canetas, as minhas rotinas e o prazer que me dáva fazer o que fazia. Resultado: acho que essa coisa do luto ser um processo não está a funcionar comigo.
 
O mais irónico, é que a única preocupação que me passa pela cabeça é o look a usar para a entrevista.
Posto isto, vou começar já a tratar de fazer todas as combinações possíveis e imaginárias com os dois blazers que disponho. (#miséria)
 
 

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Variação Inaugural

Há uns anos atrás fui assistir à peça de teatro "Variações Enigmáticas", com os consagrados Paulo Autran e Cecil Thiré. Nunca tinha ido ao teatro (com excepção de umas quantas teatradas amadoras) e saí de lá fascinada e emocionada.
Foi de tal forma marcante que, após 10 anos, aqui estou eu a baptizar este blog com o nome dessa inesquecível dramaturgia.
As variações que nascerão deste blog são de facto enigmáticas, pois não faço ideia do que aqui escreverei. A ver vamos!