domingo, 17 de março de 2013

Portugal, o pobre paciente semi-comatoso


José Malhoa, “O Fado”, 1910

Nesta última quinta-feira foi publicado no Financial Times um artigo sobre Portugal, escrito pelo ex-CEO do Barclays, Martin Taylor.

O retrato traçado deixa um sabor amargo. Taylor refere-se a Portugal como o "pobre paciente Fado, colocado sob um regime de austeridade aditivada, está semi-comatoso"

Diz ainda que "o Estado gasta o mínimo que pode, e tenta extrair cada vez mais dos seus cidadãos, que parecem gastar grande parte do seu tempo a tentar descobrir como evitar pagar-lhe".

O diagnóstico é um tanto ou quanto deprimente e certas descrições do país (em última análise de todos nós) são ligeiramente duvidosas. 

Por exemplo: "as pessoas preferem parar os seus carros já velhos em segunda fila em ruas estreitas, a pagar um euro ou dois no parque de estacionamento acabado de construir."

Como é óbvio veio à baila que "as novas estradas construídas com fundos europeus estão desertas desde que colocaram portagens"

Algumas palavras foram endereçadas aos técnicos da troika, apelidando-os de "dispendiosos médicos estrangeiros a acreditar que uma dose mais elevada do actual medicamento irá, no fim, provar que é a melhor resposta."

Como disse hoje a Clara Ferreira Alves no Eixo do Mal: "Portugal está de cócoras" perante as instituições europeias e as suas políticas.




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